Como trabalho de G2, eu e meus colegas de grupo Eduardo Sarmento e Sofia Travassos idealizamos um projeto que acreditamos ser inovador e original: o FeelBetter. O FeelBetter é um relógio inteligente que, diferente de outros na indústria, tem como foco principal ajudar pessoas neurodivergentes a lidar melhor com as ansiedades do dia a dia - isso aconteceria através de uma interface projetada para tranquilizar e tornar qualquer usuário com algum tipo de desenvolvimento neurológico atípico confortável em situações de estresse.
Sabendo que cada pessoa é diferente e tem necessidades e gostos próprios, escolhemos ao contrário da maioria dos smartwatches do mercado, implementar um nível de customização extensiva deixando que cada usuário (ou pais do usuário se for uma criança) possam deixar o relógio adaptado para suas necessidades. Essas customizações incluem: Mudar o layout e cores, escolher se deseja receber notificações por som ou vibrações etc.
O FeelBetter não só possui de customizações estéticas, através de um sistema de sensores de batimentos cardíacos e de umidade para detectar a taxa de produção de suor, consegue identificar momentos em que acredita que o usuário está tendo um episódio de crise e responde de acordo com as configurações pré selecionadas. Essas configurações são selecionadas no aplicativo de celular do FeelBetter ou no próprio relógio, onde o usuário pode fazer um formulário e responder o que poderia ajudá-lo em momentos difíceis ou, se desejar, utilizar a opção avançada, em que o usuário escolhe exatamente o que acontece em qualquer situação.
Alguns exemplos dessas configurações são: notificações no relógio perguntando se está tudo bem, tocar uma música específica, dar um botão fácil para ligar para um contato de emergência, jogos simples para distrair o usuário, sugestões de exercícios de respiração, entre outros.
Além disso, pensamos na criação de um mascote para o FeelBetter que ajudasse em nossa missão de deixar o usuário confortável e, de quebra, também o mantivesse entretido: o Feelix. Se optado, ele seria o rosto do FeelBetter nas horas em que se é necessário criar um canal de comunicação com o usuário e também apresentaria algumas funções que dariam ao smartwatch um aspecto de jogo eletrônico se o usuário desejasse. Sabe aquelas situações em que a pessoa está em um ambiente desconhecido e se encontra tão desconfortável que não sabe nem o que fazer com as mãos? O Feelix poderia dar uma série de jogos para distração em momentos como esse. As pessoas também seriam capazes de customizar o Feelix para deixá-lo com uma aparência mais de seu agrado, algo que também potencializaria o valor lúdico do projeto.
FeelBetter utiliza de uma tela circular avançada anti-reflexo, possui um módulo bluetooth para se conectar facilmente com um celular, sensores de batimentos cardíacos e de umidade previamente mencionados, carregador USB-C e possui um fecho com trava regulável.
A cada ano que passa, a saúde mental e a conscientização sobre seus efeitos na vida cotidiana são mais discutidas e dadas mais importância; depois de tanto tempo, foi iniciado o processo do entendimento e do estudo, em vez do preconceito e negação. A neurodiversidade está, cada vez menos, precisando se adaptar ao mundo que foi moldado sob ideais neurotípicos.
FeelBetter poderia representar um passo dado na direção certa, a de conforto e de compreensão, finalmente. Pessoas neurodivergentes não precisariam mais arcar com as consequências da maneira como seus cérebros funcionam, porque FeelBetter poderia ajudá-las a superar barreiras que o mundo impõe, de maneira insensível, sobre elas. Situações antes insuportáveis, com FeelBetter, talvez pudessem ser mais toleráveis. A ideia principal é de ser um auxílio mais do que apenas um acessório estiloso, e, nos dias de hoje, é importante enxergar que auxílio deve sempre ser oferecido e, quando necessário, aceito, sem constrangimento. Há beleza na ajuda, e há beleza em quem precisa dela.
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